quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Pelo poder: Tudo!



Seria cômico, não fosse verdade; mas, em época eleitoral, vemos de tudo e mais um pouco e por que razão?

A cidade se colore, bandeiras de várias agremiações políticas; as pessoas se evolvem; os carros são adesivados; comícios; carreatas; cavaletes; guia; "banners"; "facebook"; etc. Esse cenário compõe o lado positivo; a parte boa da democracia.

Mas, como em quase tudo, há dois lados: esquerda-direita; côncavo-convexo; bom-mau;...

Assistimos também, infelizmente, a um show, a vários espetáculos de coisas ruins, vejamos:

Dizem que numa guerra a primeira vítima é a informação e numa eleição não é diferente (para nossa tristeza).

A mentira galopa solta: é um tal de vou fazer isso, vou fazer aquilo... Ora, o mais engraçado é que muitos já tiveram no poder durante 4, 8 ou 12 anos e, como perguntar não ofende, por que, naquela época em que foram prefeito, não fizeram?

Relações, de amizade ou familiares, são estremecidas, ou até mesmo rompidas, porque um vai para um lado e outro se contrapõe, (será que essas relações, que são uma das melhores na vida, não podem ser mantidas, haja vista que eleição é, mal comparando, como uma partida de futebol, um time perde e outro ganha? E a vida segue).

Ofensas são trocadas e até ameaças claras, ou veladas se dão.

O tal do "pula-pula", ah... Esse é uma festa. Faz a alegria de muita gente. Há música engraçada e, de fato, pode até ser divertido. Ora, será que uma pessoa não pode estar num lado político e amanhã perceber que o outro lado é melhor?

Quem tem idea fixa é doido!

O problema se dá quando você tem laços importantes, políticos ou profissionais ou até de amizade, com um lado e, de uma hora para outra (aos 45 minutos do segundo tempo) e sem qualquer (ou mal) explicação/consideração você os rompe e pula... Ah, aí sim, meu (minha) caro(a), você, simplesmente traiu (ou coisa pior)! Aí, o fato deixa de ser engraçado, para ser triste ou nojento. Mas, o maior castigado, nesse caso, não será ninguém, e sim, apenas e exclusivamente, você! Porque numa cidade, de apenas 50.000 habitantes, ter a pecha de traidor(a)... Não é de se vangloriar...

O ex-governador Miguel Arraes já dissera que muitos querem ser algo, mas não dizem para que querem ser esse algo.

Assim: para que você quer ser prefeito? Principalmente se você já foi (em alguns casos mais de uma vez) e além de pouco ou nada fazer, ainda roubou os cofres públicos.

Para que você quer ser vereador? Principalmente aqueles que já foram (ou ainda são): quantos projetos de lei vocês apresentaram? Passaram quatro anos fazendo o quê (se a principal função do legislador é legislar)?

Na idade média, Maquiavel escreveu: "os fins justificam os meios". E, mais tarde, surgiu a expressão "maquiavélico"; dizendo respeito, justamente, a pessoas que agiam (agem) sem escrúpulos ou com egoísmos; para conseguir tudo, não importando os métodos utilizados, nem quem seriam os prejudicados.

E mais uma vez pergunto: Vale à pena jogar tudo para o alto em troca de, apenas, chegar ao poder? Vale à pena ser traidor? Ingrato? Esquecer amizades?

Vale à pena mascarar ou não querer enxergar a verdade? Não reconhecer que tal ou qual candidato já teve sua chance e quando pouco ou nada fez, ainda teve a petulância de roubar os cofres públicos?

Vale à pena entregar o futuro na nossa cidade, o nosso futuro, a quem, comprovadamente, ou é incompetente ou é ladrão?

Tudo pelo poder (leia-se dinheiro)?

Na vida há valores (amor, caridade, lealdade, gratidão,...) e desvalores (desamor, egoísmo, traição, ingratidão,...). Cabe a nós escolher, pois uma das maiores faculdades que temos é, justamente, o lívre-arbítrio.

"A cada um segundo suas obras" ou, "a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória" ou, "colhemos o que plantamos".

Eleições passam, mas os bons valores (como a amizade) ficam. Ou não!

A você cabe a escolha e as respectivas consequências.

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