quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Entrevista com o secretário de finanças Lauro Chaves

A equipe do nosso blog procurou o secretário de finanças de Paudalho, para comentar a situação da Câmara de Vereadores e a Prefeitura de Paudalho no que diz respeito a Lei Orçamentário.

LEIA!

Seliga: Como o Sr explica essa questão que está sendo discutida na cidade, sobre o orçamento e o projeto de lei que Zé Dinda não quer votar? 

LC: É lamentável! Como uma pessoa que é empregado do povo, pois o vereador está lá porque o povo o colocou, e está trabalhando contra o povo? Protocolamos esse projeto há um mês e pedimos que fosse analisado em regime de urgência, mas até agora ele não pôs em votação. Inclusive, protocolamos um ofício, há mais de 15 dias, solicitando uma reunião dos vereadores conosco (eu, o secretário de educação, Diogo Falcão e nosso contador, Ivaldeci) para ressaltarmos a importância do assunto. E até agora, não tivemos qualquer resposta. Um projeto que trata de serviços essenciais, como merenda e medicamento, e Zé Dinda fica fazendo jogo político. Lembro que já houve projeto de lei que não tinha a importância desse e que entrou num dia e saiu no mesmo. E um projeto orçamentário, de extrema relevância para Paudalho, fica engavetado. É um absurdo!

Seliga: O Sr pode dizer de que esse projeto trata?
LC: Como disse, aquisição de merenda; compra de medicamento; transporte escolar; transporte de universitários; despesas com o festival da acerola; etc. E tem mais, iremos receber do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) o valor de R$ 1 milhão para aquisição de três ônibus novos, mobílias escolares e lousas digitais (aquelas que aparecem nos telejornais da Globo). Imagina? Equipamento de primeiro mundo nas escolas de Paudalho... Mas, se Zé Dinda não pôr em votação até esse mês, Paudalho perderá esse recurso e todas as escolas e alunos paudalhenses serão prejudicados.


Seliga: Isso é muito grave... LC: Grave não, É GRAVÍSSIMO! Vamos encaminhar ofício ao Ministério Público para que tome as medidas cabíveis, porque a população não pode ser prejudicada pela omissão daquele que se diz representante do povo.

-Seliga: É verdade que a Câmara de Vereadores também pediu orçamento? LC: Antes de tudo, é bom que se separe o joio do trigo. Quem está prejudicando paudalho é a mesa diretora da câmara, que é composta por Zé Dinda, Ângelo Neto e Luiz Carlos (do sindicato). Os demais vereadores, pelo contrário, estão nos ajudando e querem que Zé Dinda ponha o projeto em votação para aprovarem logo.

Mas, voltando à pergunta: É verdade sim que Zé Dinda pediu suplementação. Não faz nem quinze dias. Ele pediu e ele mesmo aprovou, não é engraçado? E o detalhe: ele pediu 10% (quando nós só estamos pedindo 5%). Ele pediu para “reformar" a câmara (em final de mandato?). Quando nós estamos pedindo para serviços essenciais. Eis aí as diferenças.


-Seliga: Zé Dinda falou que se a Prefeitura quisesse ele enviaria seus assessores para ensinarem como fazer um orçamento?

LC: E é? Se os assessores dele são tão competentes assim, por que as contas da Câmara (de Zé Dinda), foram reprovadas no TCE? Dessa assessoria (in) competente, eu quero é distância.

Seliga: Mas o transporte está atrasado a mais de um mês? LC: É verdade! E não escondemos isso de ninguém. Só que quando fomos pagar esse mês, não temos mais dotação para pagar. E assim como a merenda, o dinheiro entra na conta, mas não podemos pagar, porque não temos saldo orçamentário. Ou seja, só podemos pagar merenda, transporte, medicamentos, estagiários, etc, depois que Zé Dinda pôr o projeto em votação.

Mas quero salientar uma coisa: Todos sabem que nos últimos 3 meses o FPM (Fundo de Participação do Município) caiu assustadoramente. Tivemos uma queda, só em um mês, de R$ 700.000,00 (isso representa 50% da nossa folha de pagamento). Lá em Tracunhaém, que teve uma queda de R$ 500.000,00 a prefeita fez um telegrama à presidente Dilma, relatando as dificuldades financeiras e os servidores de lá estão trabalhando dia sim, dia não.

Então, é uma realidade que está afetando a todos os municípios brasileiros e com Paudalho não é diferente. Mas, mesmo assim, estamos com nossa folha em dia.

Seliga: Entrando na política: como o sr está vendo esta campanha?
LC: Até que estava civilizada, mas fico com receio dos desdobramentos daquele último fato, isto é, a agressão covarde sofrida pelo vereador Milton José.

Seliga: E quem ganha para prefeito? LC: É uma disputa acirrada, com três candidatos com chance de vitória. As últimas pesquisas dão empate técnico entre Pereira e Fernando. Será decidida no dia. Mas aposto na vitória de Fernando Moreira (no 14).

Seliga: E para vereador? LC: As pesquisas dão conta que haverá uma grande renovação na câmara, mais de 80% das cadeiras deverão ser renovadas.

Seliga: Algo mais lhe tem chamado a atenção? LC: O fenômeno do pula-pula. A música é engraçada. Sempre aparece nas campanhas. Não vejo nada demais em uma pessoa entender que um lado é melhor que outro e mudar de opinião. Isso é normal. O que não é normal é quando alguém está de um lado e só aos 45 minutos do segundo tempo, pula. Aí não. Aí é pura traição. Mas, “o tempo é senhor da razão” e não me cabe julgar ninguém!


Seliga: O sr quer deixar alguma mensagem?
LC: Política passa, mas amizade fica (ou não). Aqueles que fazem a política, seja em Paudalho, em Carpina, em Nazaré da Mata, ou em qualquer lugar, devem ter a convicção que a política não deve ser feita com ódio ou ressentimentos; pois devemos ter adversários, não inimigos.

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